economia
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Revista da ESPM
| julho/agostode 2013
os países capitalistas, ficaram fora da tragédia de 2008,
ainda não resolvida.
OsEstadosUnidosatravessamcrisesde todasorte: polí-
tica, econômica, fiscal, institucional, de identidade e de
liderança global. Nesse particular, deixo como sugestão
a leitura do último livro de um dos mais brilhantes soci-
ólogos norte-americanos, Samuel Huntington:
Who are
we
—
the challenges for the American’s national identity
(Edi-
tora Simon & Schuster), que trata da crise de valores na
sociedadenorte-americana.Noentanto,opaísprova,mais
umavez, suacapacidadede superação, refazendosuaeco-
nomia,melhorandosuas instituições e inovandoamatriz
energética, coma exploração do gás e petróleo do xisto, e
reformulando seu parque industrial. Os Estados Unidos
retomam, com o cuidado necessário, o crescimento com
inflação controlada.
A União Monetária Europeia (UME) foi arrastada
pela crise financeira norte-americana de 2008 e trouxe
consigo os demais países europeus. A Europa paga um
custo elevado por ter criado a moeda única, que foi
concebida para ser um símbolo de unidade europeia,
mas transformou-se em objeto de discórdias políticas,
recessão econômica, perda de competitividade, elevado
desemprego e enfraquecimento da identidade europeia.
Amiséria mundial decresceu nos
países emergentes. AChina e a Índia
retiraramda miséria 800 milhões de
pessoas emmenos de três décadas