Revista ESPM - jul-ago - Revolução Silenciosa - educação executiva como vantagem estratégica das empresas - page 61

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julho/agostode2013|
RevistadaESPM
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Quandoaeducação
corporativafazdiferença
Para que umpaís se tornemais equilibrado, justo e competitivo, a educação precisa ser
prioridade nacional. Nesse cenário, a educação corporativa atua como umdiferencial
competitivo, essencial e estratégico para o desenvolvimento dos negócios
Por Luiz Edmundo Rosa
E
mapenas umano, o Brasil passou do
46º para 51º lugar no ranking de com-
petitividade global do IMD, a escola
denegóciosdaSuíça.Olevantamento
elaborado pelo seu Centro de Competitividade
Mundial avaliou 60 economias e, mais uma vez,
oBrasil retrocedeu no cenário global. Estávamos
no 38º lugar em2010, caímos para o 44º em2011,
até chegarmos a 46ª posição em 2012, acumu-
lando, emquatro anos, a perda de 13 colocações.
Essa queda retrata as fragilidades do posicio-
namento do país frente às principais nações do
mundo. De nada adianta sermos a 7ª economia,
em volume de PIB, se não cultivarmos os funda-
mentos do verdadeiro desenvolvimento.
Umfator influencia fortemente o desempenho
dos países que lideram o ranking: a qualidade
da educação. No Relatório de Competitividade
Mundial, do Fórum Econômico Mundial 2012-
2013, que abrangeu 144 países, a educação está
presente em dois dos 12 pilares utilizados para
avaliação. No entanto, seu impacto é bemmais
amplo sobre outros indicadores. Segundo esse
estudo, a capacidade em inovação seria muito
difícil de ser alcançada semuma força de traba-
lho bem educada e treinada, capaz de absorver
as novas tecnologias.
Aeconomiaéumaciênciahumanaeaspessoas
são os atores que podemelevar ou reduzir a com-
petitividade de umpaís. Isso se refletena cultura,
qualidadedas instituições, governança, legislação,
tributação, distribuiçãoda renda, segurançaenos
demais aspectos de um país. Investir em educa-
ção é melhorar todo o tecido social e econômico
e, assim, promover a prosperidade.
Diversos sistemas de pesquisa reconhecem a
importânciada educaçãopara a competitividade.
Sua ação transforma a sociedade, moldando pes-
soas e instituições. Aprática coletivade comparti-
lhar visão, valores, propósitos, expertises e recur-
sos propiciamresultados concretos, embenefício
de todos, reforçando, assim, a cultura, as institui-
ções e a cidadania.
Aeducação tambéminfluencia a capacidadede
criar, empreender e produzir. Constrói os alicer-
ces civilizatórios, o respeito entre os cidadãos e a
confiançaemseus lídereseorganizações. Fazcom
queosistema funcionede formamaisequilibrada,
coma perspectiva de futuro guiando decisões no
presente, tanto das instituições quanto dos pró-
prios indivíduos.
Quando a cultura incorpora a educação como
um valor, cidadãos, famílias, escolas, empresas
e governos agememsintonia, propiciando quali-
dade, melhoria e inovações.
Umpaísquecolocaaeducaçãocomoprioridade
estratégica, cria o ambiente favorável para uma
sociedademais equilibrada e justa, onde as insti-
tuições podemdesempenhar seupapel commais
harmoniaeconvergência.Osatores trabalhamem
parceria, reconhecendoqueeducar éumaquestão
de soberania e competitividade nacional.
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