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julho/agostode2013|
RevistadaESPM
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e à forma como ele organiza emobiliza os conhecimen-
tos teóricos e práticos, a fim de realizar tarefas e resol-
ver problemas, de forma ágil e eficaz. A organização do
saber que o especialista desenvolve como acúmulo das
experiências vivenciadas, e demuitas horas de aprendi-
zagem teórica, propicia a ele a construção de esquemas
que lhepermitemumdesempenhosuperior. Umesquema
é uma representação cognitiva que o indivíduo constrói
e utiliza para reconhecer, representar e interpretar seus
novosconhecimentos. Essesesquemas servemdemodelo
interno para esse profissional efetuar tratamentos hipo-
téticos e avaliar os seus resultados, antes de aplicá-los à
escala natural. A partir daí, o gestor pode dar sentido a
uma situação nova, fazer inferências e tomar decisões
com base em informações ainda incompletas.
Construção dos saberes
A combinação dos saberes teóricos e práticos do gestor
ocorre por meio de uma trajetória, uma rota de aprendi-
zagemque se dá a partir da inter-relação de experiências
da educação continuada formal, educação não formal,
relacionamento interpessoal e vivência profissional,
conforme ilustrado nomodelo
Rota de aprendizagem do
gestor contemporâneo
(na página seguinte). Abusca pela
especialização implica umesforço constante do gestor:
é umprocesso permanente e contínuo.
Mas essa rota de aprendizagem não ocorre via acu-
mulação quantitativa de conhecimentos. A aquisição de
uma competência exige um processo de transformação
das representações iniciais do sujeito, no qual o gestor é
o principal ator. As diversas fontes de conhecimento da
O ser competente realiza-se na ação, onde a mobilização requerida
é múltipla e implica saber administrar a complexidade, integrar,
mobilizar e combinar saberes variados e heterogêneos para
a resolução de problemas e desenvolvimento de soluções