E-commerce
Revista da ESPM
| janeiro/fevereirode 2013
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agrega múltiplos inventários e permite que o comprador
escolha os critérios de compra para toda a rede e compre
de forma unificada, como explica Zach Coelius, CEO da
Triggit, agência especializada em publicidade on-line, no
artigo
Your DSP has RTB
, publicado emfevereirode 2010no
site daAdExchanger.
Teoricamente,quantomaioraadequaçãodacomunicação
ao seu destinatário, maior o retorno do investimento. Mas
o esforço de individualização da comunicação é elevado
e envolve investimento em planejamento, estratégia de
comunicação, criação de peças publicitárias, definição de
Key Performance Indicators (KPI) ou indicadores-chave de
desempenho, gestãodemétricase, principalmente, emtec-
nologia.Algumasempresasbrasileirassesobressaemnesse
desafio. Umdos melhores exemplos é a Netshoes, que está
presente em praticamente todas as mídias e aproveitando
oque cada uma temdemelhor. Fundada em2000 comoum
comérciono centro de São Paulo, a empresa cresce 136%ao
anoejácontacomumfaturamentoanualdeR$1bilhão.Dos
1.650 funcionários, 15% trabalhamemtecnologia.
Noambientedebuscatambémhámuitosdesafios.Agora
os especialistas da área trabalham em uma nova forma de
encarar a otimização (Search Engine Optimization, SEO
2.0).Éprecisoreverosconceitos,considerandoquepartedas
queries
(pesquisas) se origina de aparelhos móveis e a rele-
vâncianas redes sociais passa a integrar a lista de critérios,
comoapontaRichDevine, noartigo
Mobilizing Performance
forSearchSXSW–2011
,publicadoemsuapáginanainternet
(
).
Ofunildedecisãodecompratambémprecisaserrevisita-
do.Hámuitomaisinformaçãodisponívelemuitasvariáveis
inter-relacionadas.NaspesquisasfeitasnoBuscapé,háuma
diferençade39,2%entreomaior eomenorpreçomédiodos
produtos oferecidos pelas lojas, e os consumidores estão
usando cada vezmais esse tipode ferramenta,mesmoden-
tro de lojas físicas por meio dos
smartphones
, como aponta
o levantamento feito pela Câmara Brasileira de Comércio
Eletrônico. A definição de concorrência não respeita mais
as fronteiras dos ambientes on-line ou off-line, e exige um
esforçomuitomaiordedefiniçãodemixdeprodutosepreços
por praça e público-alvo.
Para complicar ainda mais, as redes sociais também
impactamtoda a cadeia de decisão, e os conceitos demídia
paga,própriaeganhaconfundem-senosmesmosambientes,
podendo potencializar ou arruinar umplano de comunica-
ção. No Facebook, por exemplo, é possível comprar mídia
por intermédiodas váriasopçõesdeanúncios (mídiapaga),
manter a comunicação com os usuários por uma
fan page
(SocialCRM—mídiaprópria)edesenvolveraçõesviraisque
seespalhampelosprópriosusuáriosem
likes
,comentáriose
compartilhamentos(mídiaganha),masaindasãopoucasas
empresasquenavegamcomdesenvolturaeconfiançanesse
ambiente tão intrincado.
Não é apenas no ambiente exclusivamente digital que
as mudanças estão acontecendo. O conceito de loja física
tambémestáemtransformação. Jáestãodisponíveis lojas
ondeprodutosnãoestãonasprateleiras, apenas suas foto-
grafias (Virtual Stores). As compras são feitas por códigos
eletrônicos instalados nos produtos, o pagamento ocorre
via celular e a entrega é
delivery
(no endereço do compra-
dor). No Brasil, esse modelo ainda não é comum, mas um
exemplodeoperaçãooff-line eon-line sãoas lojas virtuais
doMagazineLuiza, queoperampequenos estabelecimen-
tos físicos comumterminal para cadavendedor contendo
umcatálogoeletrônico.Deacordocomo
E-commerceNews
,
Noprimeiro semestre de 2012,
5,6milhões de brasileiros fizeramsua
primeira compra on-line, totalizando
37,6milhões de e-consumidores nopaís
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