Revista ESPM - março-abril - Empreendedorismo. O grande sonho brasileiro. - page 123

março/abrilde2013|
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casodo excessode controles, começamos aperceber o lado
pernicioso da burocracia: regras sem motivos aparentes
ou longe do bom-senso, formulários e relatórios compouco
ou nenhum benefício prático, procedimentos arcaicos em
dissonância comprincípios elementares de eficácia opera-
cional, soluções que deram certo no passado e se mantêm
em execução, a despeito das mudanças ambientais que as
colocaramsob novos e distintos contextos.
Poroutrolado,atotalfaltaderegraslevará,seguramente,
amais estragos. “Virar a própriamesa” e se reinventar já foi
visto como atitude corajosa de quem queria se livrar das
amarras dos controles rígidos. Adescoberta prática foi a de
queessas empresas seviramsemosparâmetrosque regem
umaadministraçãoadequada.Eentenderamqueprocessos
estruturadossãofundamentaisparasechegaraosobjetivos
traçados. A falta de regras trouxe a confusão, a incerteza, a
perda de padrões, redundâncias e desperdício.
Liberdade não significa, simplesmente, a ausência de
regras. Essa éuma visão ingênua, que invariavelmente leva
a erros fatais. A busca de um equilíbrio deve ser o objetivo
dos líderes empreendedores. Isso requer um profundo co-
nhecimentodonegócio, do funcionamentodaorganização
informal, daavaliaçãodos riscosaqueoprojetoestásujeito
e do domínio das competências da equipe. A ponderação
desseselementos,emcarátersituacional,dácondiçõespara
decidirqueregrasmudaroueliminar,quaisriscosassumir,
como lidar comparadigmas e quais pressupostos desafiar.
O efeito colateral da conquista da liberdade é o
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