Janeiro_2003 - page 97

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RevistadaESPM– Janeiro/Fevereirode 2003
pensar bem, a motivação do
jornalistaénotícia, aquelahistória
que ensinam na escola: se o
homem mordeu o cachorro é
notícia. Mas a normalidade do
mundoéqueoscachorrosmordam
as pessoas. E são só alguns
cachorros que mordem algumas
pessoas.Amaiorianãomorde.
CM–ComentavacomoLuisPauloe
a Márcia Cavallari como nós fomos
notíciaduranteosúltimosoitomeses.
Todo o Brasil respirou pesquisa, do
início ao fim – o dólar caiu, o dólar
subiu. Que pesquisa vai ganhar?
Fulano ou beltrano? Veio 28, 29 de
outubro, e ninguém mais falou do
IBOPE, nem de pesquisa, nem
fizeram comparação. Por quê?
Porque acertamos, passamos a não
sernotícia.Agora,bastavavocê terum
erro crasso num Estado qualquer, e
iaser umescarcéu.
JR–Amanipulaçãodesmoraliza...
CM – É preciso cuidado ao falar de
manipulação,éumapalavrasobrena-
tural e pode ocorrer em vários
segmentos. Manipulação, em
pesquisa, épalavrão.
JR – Falo de um político, no seu
discurso;do jornalista,dandomais
destaque a uma coisa do que a
outra…
CM –O político que usa a pesquisa
de forma a que só o dado que
interessa a ele é divulgado na
propagandaeleitoral gratuita– issoé
manipulação. A lei deveria ser mais
rigorosa.
JR –Nem estou falando de vender
produto. Mas do indivíduoque diz:
“O cigarromata tantosmilhões de
pessoas por dia. A cada quinze
segundos,umamulheréagredidano
Brasil”. As pessoas gostam de
“Umadas
reformasmais
importantes
dequeo
Brasil precisa
é apolítica.”
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