Janeiro_2003 - page 99

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RevistadaESPM– Janeiro/Fevereirode 2003
porque não pensávamos no IBOPE.
Depoisnosapaixonamos. Eu larguei
a engenharia e mudei. Ele resolveu
continuar com a engenharia de
produção. Mas, hoje, acho que
escolheríamos economia, adminis-
tração, comunicaçãoemarketing.
JR – Uma curiosidade: como se
dividem os seus clientes entre
anunciantes, veículos de comuni-
caçãoeagências?
CM–SãováriasempresasnoGrupo.
Nocasoda televisão,certamente,são
as redes. Numa proporção de 65/35
com as agências de publicidade.
Temos clientes em televisão, rádio,
jornal e revista, como veículo, e as
agências.NoPaineldeConsumidores,
são 100% anunciantes. No que se
refere à política, a divisão fica
interessante porque há partidos
políticos, empresários, veículos de
comunicação – que compram para
divulgar –, instituições financeiras.As
instituições financeiras substituem,
hoje,asempreiteiras.Antigamente,as
empreiteiras tinham interesse na
políticapor causadeobras, contratos
etc.Hoje,acategoriamais interessada
sãoas instituições financeiras.
JR –Qual foi omaior erro de que
você já participou ou cometeu
diretamente na vida de pesqui-
sador?
CM–Foi umerrodedecisão–numa
pesquisa política, em 1985. Ficou
marcada e aprendemos muito. Na
nossa avaliação, achávamos que a
eleição para prefeito, em Fortaleza,
estava decidida 20 dias antes e o
candidato Paes de Andrade iria
ganhar. E a eleição de Recife era
muito difícil. Paramos de fazer
pesquisa emFortaleza emandamos
os pesquisadores paraRecife.Moral
dahistória:emRecife,acertamospor
meioponto.Mas, emFortaleza, foi o
maior erro do IBOPE, porque a
candidataqueestavaemquarto lugar
– Maria Luiza Fontenelle, do PT –
houveumasériedeacontecimentos,
e ela acabou ganhando a eleição.
Quer dizer, não foi um erro da
“Nós já fizemos
pesquisaspor
telefone eos
resultados
aproximaram-se
muitodapesquisa
face a face.”
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