Janeiro_2006 - page 65

Infomerciais:
um formatoemevolução
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REV I STA DA ESPM–
J A N E I RO
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F E V E R E I R O
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2006
nomercadocompradordeprodutos
oferecidosem infomerciaisédeum
grupo de “tolos, crédulos e vai-
dosos” (GARFIELD, 1993). No
entanto, a literaturamostraqueeste
comprador é parte de uma popula-
ção de alto poder aquisitivo, com
alto grau de instrução e que difere
da população em gênero e idade
(JAMES, CUNNINGHAM, 1987).
Porém, estudos mais recentes
mostram que o comprador e o não
comprador de produtos anunciados
em infomerciais não difere em
nenhum aspecto sociodemográfico,
apenas em questões como maior
busca por conveniência. Estes
compradores são mais conscientes
do valor das marcas, o que pode
significar que, se for dada a eles a
oportunidade de comprar mais
produtos de marca, as vendas po-
derão ser maiores. Procuram nas
marcasuma formade reduziro risco
de compra e melhorar a própria
imagem perante os pares. Neste
mesmo estudo, verificou-se que os
compradores acham a atividade de
ver infomerciais muito mais
recreacional doque como formade
compraem si, apesar de seremmais
conscientes em termos de preço,
procurando variedade.
De uma forma geral, o estudo
mostra esse tipo de comprador
comomais impulsivo,mais voltado
para a inovação emenos avesso ao
risco que os não compradores. Isso
podeexplicarporqueamaioriados
infomerciais usa o lado emocional
com ênfase e obtém resultados. O
comprador é uma pessoa que vê
mais horas de televisão (20 horas
por semana)
versus
os não compra-
dores (14horaspor semana) (DON-
THU, GILLIAND, 1996).
CONCLUSÕES
O formato infomercial está situado
entre o comercial de TV e a expe-
riênciacomoproduto, satisfazendo
aos requisitos visuais de comercias
deTV e levando a confiança da ex-
periência de outros à sua au-
diência. Essa audiência, por outro
lado, está propensa e receptiva a
informações dessa fonte, pois,
ativamente, procuram o formato
como um meio lúdico de obter
entretenimento e satisfazer aos de-
sejos de compra.
No entanto, para que este formato
torne-semais eficiente é preciso que
receba mais investimentos de em-
presascujasmarcas são reconhecidas
no mercado, que tragam ummaior
númerodetestemunhaisdepesoeque
tenham produções mais bem elabo-
radas, mas commais visão de mar-
keting direto: recreacional e de con-
veniência (GEHRT, CARTER, 1992).
Noentanto, a literaturamostraqueestecomprador épartedeuma
populaçãodealtopoder aquisitivo, comaltograude instruçãoeque
diferedapopulaçãoemgêneroe idade.
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