Confiança
Van Lines
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J A N E I RO
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F E V E R E I RO
D E
2006 – REV I STA DA ESPM
A vivência de estrada fez com que
elepercebessea faltade infra-estru-
tura para a população do interior
que ia à capital, para fazer com-
pras. Com alguma economia e
colaboração de seu irmão, ele alu-
gou um depósito e deu origem à
Nordestina Transportes Gerais, um
misto de rodoviária informal que
contava com uma cantina e agên-
cia para a venda de passagens jun-
tamente com o serviço de traslado.
Mas, no início da década de 60,
de olho em um novomercado que
se abria, resolveu vender essa
‘agência’ e dedicar-se ao transporte
de cargas. Em Fortaleza, opatriarca
iniciou uma outra empresa de
transportes –naépocadenominada
Sertaneja – para suprir a logística
da indústria de refrigerantes. Fazia
quase que diariamente a distri-
buição de 120 cilindros (6 tons) de
CO
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de Recife a Fortaleza; um per-
curso de 900 km que levava 3 dias
para ser concluído devido à preca-
riedade da estrada.
A regularidade das viagens reali-
zadasparaessa indústriacontribuiu
paraquea imagemdaempresa fos-
se fixada pela comunidade, tor-
nando-se referência, enãodemorou
muito para que viessem à tona
demandas até então latentes:
transporte de mercadorias da
indústria de sapato e mudanças
pessoais. Com os cilindros vazios
no trajetode ida, a empresa passou
a atender a esse novo público.
A Sertaneja experimentou um pro-
cesso de crescimento e chegou a
uma frota de 4 caminhões. Contu-
do, em 1964, foi instalado um ter-
minal de gás no Ceará e o volume
de transporte da empresa caiu a
Mas, no iníciodadécadade60, deolhoemumnovomercadoqueseabria, resolveuvender
essa ‘agência’ ededicar-seao transportedecargas.
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