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Revista daESPM – Setembro/Outubro de 2002
la, que o homem de marketing e o
homemde comunicaçãoouopubli-
citário, de maneira geral, é visto
como um sujeito inteligente, rápido
nogatilho, lúcido,masdesprovidode
consciência social. Isso bem de-
monstraessadicotomia, da imagem
deum ladoeda reputaçãodooutro.
E a imagem da nossa atividade é
boaporqueémedidapelassinaliza-
çõesmais superficiais, mas a repu-
tação é ruim. E creio que há moti-
vos reais para isso ter acontecido.
FG –
Hiran, concordo totalmente
com você. Mas até que ponto isso
não é influência da carga de propa-
ganda eleitoral a que assistimos?
Hiran–
Suaperguntaé interessante.
Mas como a propaganda eleitoral é
algo pontual – embora intensa –, ela
não seria suficiente para gerar o tipo
de resultadoquevimosnapesquisa.
JR–
Gostariade lembrarque foiapro-
paganda eleitoral que levou, pela pri-
meiravez,nahistória,àprimeirapági-
nade
Veja
, doispublicitários: oNizan
eoDuda.Antesdisso, jamaisumpu-
blicitário tinha tido tamanhodestaque.
Hiran–
OEduardoFischertambémfoi,
naépocadacampanhaBrahman.º1.
Rafael –
Achoque tantooGracioso
comooHiran têm razão.Talveznão
seja a razão principal, mas, sem
dúvida, a péssima utilização que a
política fazdomarketingedacomu-
nicação...
JR–
Ounão faz, porquemuitodes-
se barulho é feito por amadores.
Armando –
Sou obrigado a fazer
uma nota metodológica. Essa foi
umapreocupaçãodogrupoque fez
esse trabalho para a ABP, pois a
pesquisa foi feita no mês passado,
ou seja, quando já vingava o horá-
rio político. Mas os entrevistados ti-
“Onosso
capitalismoestá
maispara
selvagemdoque
paracivilizado.”