Revista ESPM - set-out - MARKETING DE SERVIÇOS - “Decifra-me ou te devoro” - page 134

Defesa do consumidor
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Revista da ESPM
| setembro/outubrode 2013
punir e corrigir a má prática recorrente de bancos em
relação ao consumidor, alegando que seu papel é apenas
“zelar pela higidez do sistema financeiro”. Caberia per-
guntar, então, por que razão o Banco Central mantém
um índice de reclamações atualizadomensalmente em
seu site. Se não é para agir, para que serve? Afinal, ele é
a autoridade monetária!
Fora de foco
O fato é que, no Brasil, o Banco Central não é o único a
agir assim. Inúmeras pesquisas do Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec) fotografam, em diver-
sosmomentos, algumas práticas dos prestadores desses
serviços emrelação ao consumidor. O interessante é que
fazemosnossas pesquisas e testes semprenaperspectiva
deumconsumidor comum, oque significaque sondamos
aspectos básicos na oferta e na prestação de serviços. E
contratamos os serviços como qualquer consumidor.
Contra o argumento recorrente das empresas de que as
irregularidades que encontramos podem ser resultado de
acidentes ouequívocos pontuais, nós sempredizemos que
registramososmesmosproblemascadavezquetestamosos
serviços. E issoocorreao longode26anosdo Idec!
Há mais de uma década, constatamos que os bancos
não entregamcontratos nemespecificamos pacotes de
serviços, não informamcorretamente sobre taxas reais e
outros valores quando alguémcontrata umempréstimo,
impõem a venda casada de seguros e outros serviços,
Estudos do Idecmostramque hámais de uma década os bancos não entregamcontratos nemespecificamos pacotes de
serviços e ainda impõema venda casada de seguros. Todos esses problemas são ignorados pelomarketing das empresas
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