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setembro/outubrode2013|
RevistadaESPM
cobram tarifas diferentes das pactuadas inicialmente,
enviamcartões de crédito sem solicitação do consumi-
dor e por aí afora.
Amesma coisa pode ser dita das empresas de telefonia
e de serviços de telecomunicações e entretenimento. Os
planos ilimitados nunca são exatamente isso, os valo-
res atraentes são sempre “promocionais” e duplicamem
pouco tempo, as taxas por serviços adicionais são surpre-
endentemente altas e os pacotes são alterados segundo
o desejo e conveniência das empresas — isso é bastante
comumnos serviços de TVpor assinatura. Para não falar
na baixa qualidade propriamente dos serviços — a len-
tidão e a irregularidade da telefonia e da internet — e da
omissão e inépcia na assistência pós-venda.
No setor de saúde suplementar — os planos de saúde —, o
padrão de qualidade é igualmente sofrível. Quando não se
pode pagar umplano de elevadíssimo padrão, o que verifi-
camos em90% dos casos é a negativa de cobertura diante
danecessidadedeumtratamento,internaçãooucirurgia,a
exclusãodeumprofissional,hospitaloulaboratóriodalista
doscredenciadose, finalmente, osaumentosmuitasvezes
superioresàinflação,quenoschegamtodososanoseacada
vezqueultrapassamosumadeterminada idade.
Todas essas irregularidades estão estampadas não
apenas em nossas pesquisas e testes, mas também nos
milhões de queixas de consumidores nos escritórios do
Procon emtodo o país, nas redes sociais e nas páginas da
internet, nos SACsdas empresas, nas ouvidorias e aténas
Os slogans anunciados pelas empresas do setor de telefonia e TVpor assinatura estão longe de refletir
os problemas e as queixas que as operadoras colecionamnoBrasil