Janeiro_2003 - page 53

Revista da ESPM – Janeiro/Fevereiro de 2003
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1.Odesafio:
ensinar
e-business
Atualmente, a transição de ummo-
delo de negócios tradicional para um
modelo
e-business
temmerecidoprofun-
das reflexõespor partedos empresários.
Dirigentes empresariais em toda parte
estãosobpressão:hámuitas formaspara
aexecuçãodessa transição, umavezde-
cida pela transição, o que, em si, é uma
decisão difícil de ser tomada. Quais são
os modelos de negócios, estratégias e
táticas de gerenciamento que irão fazer
de suas empresas casos de sucesso?Es-
sas sãoquestões que certamente têm in-
comodado os empresários provocando,
conseqüentemente, dores de cabeça, de
estômago, apenas para lembrar as mais
freqüentes. Alguém poderia pensar: há
algum tipo de “remédio” ou “tratamen-
to” que poderia ser receitado para esses
empresários?Apartir desse
insight
me-
tafórico foi criada uma proposta peda-
gógica para o curso de
E-business
, cuja
estrutura, recursosdidáticose ferramen-
tas de avaliação são apresentados neste
trabalho.
Na primeira aula do curso, os prin-
cipais aplicativos de
E-business
, tais
como CRM –
Customer Relationship
Management –
, ERP –
Enterprise
Resource Planning
– e SCM – S
upply
ChainManagement
– são apresentados
aosalunoscomo“remédios”aserem“in-
geridos” pelas empresas como parte do
tratamento para que elas se tornem
e-
business
.Cada“remédio”éapresentado
aosalunosemum frascocom rótuloque
os faz lembrar de remédios que podem
ser comprados em farmácias espalhadas
pelacidade.AFigura1apresentaavisão
geral dos “remédios” do curso de
E-
business
.
Vários desdobramentos podem ser
vislumbrados a partir desse cenário de
farmácia: penseno remédioCRM.Qual
é a dosagem correta? Há efeitos
colaterais previstos? Há reações adver-
sas se tomado com outros “remédios”?
Quais são as advertências que opacien-
tedeve conhecer?Quais sãoos “labora-
tórios” certificados de CRM? Quanto
custa um “frasco de CRM?” Àmedida
que o curso de
E-business
avança, as
respostas a essas perguntas são elabora-
dasatravésda literatura, estudosdecaso,
experiências profissionais do professor
e dos alunos, bem como através de “vi-
sitas”de representantes dos “laboratóri-
os”de alguns aplicativos de
E-business
.
Ao longo do curso, é solicitada dos
alunos, como trabalho complementar, a
elaboração de “bulas” de todos os
“remédios” apresentados no curso. As
“bulas” contêm as informações que um
paciente usualmente encontra em remé-
Figura 1:
Aplicativos de
E-business
apresentados
como “remédios”
dios comuns, adaptadas ao ambientede
E-business
.AFigura 2mostra a “bula”
e o frasco do “remédio” SCM –
Supply
Chain Management.
As bulas geram material comple-
mentar do curso, ampliando o conjunto
de informações sobre os aplicativos
e-
business
esãousadascomopartedanota
de produto do curso. Amaior parcela
dessa nota provém, no entanto, do pro-
jeto de um
e-business
, que é o trabalho
finaldocurso. No trabalho final,osalu-
nos apresentam a proposta de uma ca-
deia de valor de umnegócio, salientan-
do a contribuição de cada um dos “re-
médios” por eles escolhidos.
É importante salientar que o “mo-
delo de farmácia” leva os alunos tam-
bém a praticar exercícios de estratégia
de forma natural. Escolher qual “remé-
dio” deve ser receitadopara uma deter-
minada “patologia” é um exercício de
estratégia em sua essência.
Figura 2:
Bula e frasco
do “remédio” SCM
1...,43,44,45,46,47,48,49,50,51,52 54,55,56,57,58,59,60,61,62,63,...117
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