Revista daESPM –Maio/Junho de 2003
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mesa-redonda
“
Ainda
bemqueo
consumido
rnãoouvee
não
faz
oqueoshomensde
marketing
dizem
quese
deve
fazer.”
desenvolvido, de consumo
sofisticado. Na verdade, nãoera.
Easpessoasnãooconsideravam
assim até por causa dos
preconceitosclassistas,queaLívia
levantou.Oqueestáacontecendo
é o Brasil assumindo o seu lado
Bangladesh. Ou seja, assumindo
omercadodemassa,ummercado
pobreporqueopaísépobre.
René –
Todos disseram coisas
corretas. Não podemos falar, em
hipótesealguma–edigo issoem
aula–, deum “consumidor”; não
existeessafigura.Háváriostipos,
perfiscomportamentais.Trabalhei
emváriasempresas–Johnson&
Johnson foi uma delas. Quando
umalunodoMBAaqui daESPM
vem falar que o público-alvo da
empresaondeele trabalhaéA/B,
mulherescomfilhosousemfilhos,
não acredito que possa ser a
realidade.
Avelar–
Elesdizem,masnãoé.
René
– Não acredito que as
empresasnãotenhamentradoem
etnografia, ou mais fundo em
antropologia, como deveriam
fazer.
Lívia –
Não entraram. São
exceções.
René–
Agentefaladonovoperfil
e do novo comportamento do
consumidor,mastodosteriamque
estar afinados na mesma
linguagem de qual é o perfil
comportamental.Quandoagente
fala de classe C/D, vai desde a
classeC/DconservadoraatéoC/
D
boy
de escritório que paga um
oudoismil reaisporumcelular, a
prestação, e que tem um perfil
psicológico muito diferente
daquele outro, pobre e conser-
vador.Damesma forma, existea
classe alta conservadora e a
classealtaemuladora.Aí,meveio
uma lembrança, quando
estávamos falando de mercados. O
Brasiltalvezsejaumdospaísesemque
omercadodeprodutosde luxo...