Julho_2006 - page 63

Luiz Edmundo
Prestes Rosa
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M A I O
/
J U N H O
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
O conteúdo de um currículo envia-
do para a seleção de uma organi-
zação pode passar por formas dis-
crepantes de interpretação, apenas
semudarmosalgunsdetalhes.Apesar
do raciocínio lógico e do discurso
expresso dizer que a competência
do candidato é o essencial, há ex-
perimentos que comprovam o con-
trário.Aquiloquedeveria ser tratado
como secundário, não é.
O estigma e o preconceito sobrevi-
vem assim. Omesmo currículo po-
de ganhar veredicto de aceito ou
rejeitado bastando trocar o sexo, a
nacionalidade, a cor ou a religião.
Trocar a foto muda a decisão.
Nesses casos pode acontecer que
a emoção solape a lógica, a per-
cepção distorça o manifesto e as
pessoas insistam em reagir da ma-
neira padrão. O preconceito pode
ser então uma barreira intranspo-
nível para pensar e agir.
O PODERDA
IMAGINAÇÃO
A imaginação está na origem da
inovação. Ela pode atuar de forma
despretensiosa, capaz de olhar o
mundo com uma perspectiva ori-
ginal, talvez nunca antes pensada
ou pelo menos conhecida.
)
¯
Daí operigodas ideologias demas-
sa, dos regimes repressivos e das
religiões dogmáticas quecriammo-
delos mentais rígidos e restritos a
qualquer outra possibilidade. As
organizações não estão livres deste
aprisionamento. Há culturas em-
presariais que não dão espaço para
pensar de forma divergente, que
nãoaceitamquestionamentoseque
se vestem de regras para quase tu-
do. E, por ironia,muitas destas que-
rem ser inovadoras...
Bastaconhecer aculturadeuma
empresapara imaginarmosas
facilidadesoudificuldadesque
alguém teriaparaser aceitonum
processodeseleçãoedepois
permanecer por umbom tempo
nessaempresa.
1...,53,54,55,56,57,58,59,60,61,62 64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,...135
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