Luiz Edmundo
Prestes Rosa
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M A I O
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J U N H O
D E
2 0 0 6 – R E V I S T A D A E S PM
Contudo, taissensaçõessópodem ter
vindodoprópriocomprador, de suas
referências pessoais e relacionais
frente ao veículo. Provavelmente, as
impressões deixadas pelo seu velho
carro, duro, desbotado e barulhento
contribuíramparaoprazer ea rápida
assimilação do novo.
Aparentemente, há uma conexão
objetiva e realista, comprador-pro-
duto, passível de ser estudada com
indicadores precisos. Mas, esta in-
teração será sempre única, consi-
derando a individualidade do que
é sentido, percebido e fantasiado
por cada um.
Um bem ganha vida na percepção
do seu usuário e pode facilmente
ser integrado à sua auto-imagem,
bem como à imagem com que ele
é percebido. Esta singular relação
pessoa-produto é psicológica e
social. Não sou só eu que percebo,
mas também sou percebido.
Imaginevocê trocandode
carro novo, por ummodelo
quesempresonhouequepela
primeiravezconseguiu tê-lo.
Vocêentra, senteaquele
cheirinhodonovo, osilêncio
interno, asensaçãodebem-
estarque lhe invade.
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