R E V I S T A D A E S P M –
maio
/
junho
de
2010
102
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O empresário hoje está muito
mais ávido por informação do que
há 50 anos, só não tem a visão.
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éaqueleempresárioquenopassado
faziabonscontrolesdasáreasfinan-
ceira, demarketing, de
market share
e de produção. Cada vez mais, a
sociedadevemcomentandooperfil
doempreendedor, queé comporta-
mental.Hámuitosempresáriosque
trabalham o seu comportamento
e obtêm sucesso. Correndo riscos
embuscadequalidade e eficiência,
eles acabam criando a inovação. A
questãoda gestão empresarial eda
tecnologiapodeaté ser terceirizada
comumbomgestor,masocompor-
tamentoempreendedorbuscaopor-
tunidades, novos modelos, melhor
utilização da rede de contatos e é
essencial para o sucessodasmicro,
pequenas emédias empresas.
FRANCISCO
–Antigamenteapes-
soa chegava aqui emontava novos
negócios pelas viagens realizadas
ao exterior, onde aprendia, vivia.
Hojedeveriahavermuitomais em-
preendedores porque a facilidade
comquevocêobtém informações é
muito grande.
PAULO
–Elavemem funçãodane-
cessidade.Àsvezes, as informações
estão mais em função da automo-
tivação e da necessidade. Um am-
biente extremamente competitivo
faz o empresário buscar dentro de
si o comportamentoempreendedor
para realizar odiferencial.
GRACIOSO
– Chamo isso de so-
nho. Em um ponto, pelo menos,
a pequena e a grande empresa se
parecem: aquela que cresce; aquela
que de pequena se transforma em
grande; e a grande que semantém
grande.Sãoempresasquesonhame
isto temmuitoaver comafigurado
empreendedor, que, por definição,
é um sonhador, é um visionário
que, de algumamaneira, consegue
transformar seus sonhos em reali-
dade. E eu diria que isso não é tão
complicado. Francisco Matarazzo,
quedepois se transformouem con-
de,quandochegouaoBrasil, foipara
Sorocabaecomeçoua trabalharcom
banha.Naquele tempo abanha era
vendida agranel. Ele foi oprimeiro
a colocar a banha numa lata, a lata
clássica de 18 litros, esterilizá-la e
submetê-la a um tratamento que
mantinha a qualidade do produto
inalterada e vendê-la não apenas
para os clientes que estavam a um
quilômetrode distância,mas a 100
quilômetros. Enfim, transformou
completamente aquele humilde
negócio e foi assim que começou o
impérioMatarazzo.
PAULO
–Usoude criatividade, em
funçãodanecessidade.
GRACIOSO
–Ele sonhava comum
grande império,eraumhomemam-
bicioso. Aqui mesmo nesta Escola,
quando assumi, era uma pequena
escola com 319 alunos, hoje temos
11 mil. Tínhamos 32 professores e
hoje temos 750, o faturamento é
mil vezes maior. O que nos levou
tão longe e vai nos levar ainda
mais são os sonhos e a capacidade
de transformá-los em realidade, de
enxergar nichos de oportunidade,
porque a empresa pequena não
deveacharque temomesmopoder
de fogoda grande, nãodeve brigar
comogrande impunemente,porque
acaba se machucando. É preciso
comer pelas beiradas e encontrar
nichosdeoportunidadesqueainda
não foramdescobertos.
ALBERTO
–Professor, aproveitan-
do o seu comentário sobre sonho: