Maio_2010 - page 105

maio
/
junho
de
2010 – R E V I S T A D A E S P M
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}
A embalagem dá ao
empresário uma maior
confiança no seu produto.
~
}
A embalagem é entendida pela escola como
um instrumento de marketing, que serve tanto para
as empresas grandes quanto para as pequenas.
~
anos 80. Segundo Donofree, eles
levantaram a empresa pormeiodo
conceito
mude
. Eduranteapalestra
ele afirmou: “Vocês pensam que
nós da IBM sabíamos para onde
íamos quando mudávamos? Não
tínhamos a menor ideia, só não
queríamos fazer do mesmo jeito,
porque não estava funcionando”.
Quero propor aqui uma reflexão:
a FIESP é considerada a casa do
industrial, a casa do empresário
e normalmente o empresário é
considerado
comedorde criancinhas
.
Minha proposta é discutir a coisa
daseguinte forma:oempreendedor
é um cidadão, enquanto o empre-
sário é um profissional. A FIESP
deveria ser a casa do cidadão, e
todos deveríamos pensar que à
medida que déssemos mais con-
dições intelectuais para as nossas
crianças, essaspessoas teriammais
liberdade e coragem pelo domínio
do conhecimento, e de expor a sua
próprianatureza, a sua riqueza, de
trabalharmelhorpelosseussonhos
e de pensarmelhor.
NAJJAR
–Mas quais são as forças
que fazem a pequena emédia em-
presa crescerem?
FRANCISCO
–Vou falarumpouco
do meu ramo que talvez no PIB
brasileiro seja pequeno. A indús-
tria do livro era igual à indústria
farmacêuticaatécertoponto.Fazía­
mos um livro adotado pela escola,
enquanto a indústria farmacêutica
fazia um remédio comprado pelo
doente. Quem fazia o livro tinha o
promotor, quem fazia o remédio, o
propagandista.Opromotordo livro
visitava os professores de escola e
opropagandista visitavamédicos e
hospitais. Onde erramos? Erramos
em não contar com a criança indo
na livraria, em tentar vender direto
para o professor, a escola, o bedel.
Não criamos omecanismoda ven-
da e nosso produto chegava num
determinadopontoemqueparava.
Deveria ter largado o livro quando
havia oitomil farmácias e livrarias
mil. Não larguei, e hoje existem
no Brasil duas mil livrarias. E eu
sobrevivi. Isso me faz refletir que
em 25 anos conseguimos dobrar o
númerode livrarias.Outrodetalhe
éque temosmaiseditoresnoPaísdo
que livreiros. Então, esse segmento
estava fadado a acabar, inexistir,
mas foi àprocuradenovaspossibi-
lidades, de novas formas de venda
que o segmento cresceu.
NAJJAR
– Você diria, então, que
foi a inovaçãoque fezoseunegócio
crescer?
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