Maio_2010 - page 108

R E V I S T A D A E S P M –
maio
/
junho
de
2010
108
}
O empreendedor, acima de tudo, deve
fazer o papel de um maestro, que sabe
tocar uma partitura, entende daquilo, mas
sensibiliza os músicos a acompanhá-lo.
~
}
Durante nove anos criei, praticamente,
uma universidade dentro da empresa.
~
lá dentro,mais dependemos do ser
humano.Nãosóparaoperarasmá-
quinas, mas para planejar, pensar
na frente.
DONIZETE
– As pessoas se es-
quecem que o computador não faz
aquiloque você quer, ele faz aquilo
que vocêmanda.
ALBERTO
–Oque fazas empresas
pequenas crescerem está bastante
sinérgico com tudo que está sendo
faladoaqui.Aprimeiracoisaé iden-
tificarumaoportunidade.Eu formei
uma corretora de seguros, tinha
5 anos de experiência e comecei a
olhar o que existia em termos de
oportunidade.Naquelaépoca,oque
se faziaeramuitosegurodeautomó-
vel para pessoas físicas e jurídicas.
Eu tinhauma formaçãomais técnica
epenseiqueprecisavaagregarvalor
para algum setor da economia em
quepudesse fazerum tipodepresta-
çãodesegurosdiferente.No interior,
tinha o setor sucroalcooleiro nas-
cendo,em1980,oProálcool.Resolvi
que iaentender como se fabricavao
álcool, como aconteciam os riscos
dessa fabricação.Coloqueiumpouco
de inteligêncianahistóriaecomecei
a visitar as usinas para vender um
processo de prestação de serviços
diferenciado. Descobri que dentro
de uma usina havia um processo
quepoderiaquebrarasengrenagens
e aquilo não estava coberto nas
apólices de incêndio. Fui direto no
âmagodaseguradora, consulteium
pessoalda faculdadedeengenharia
eem1984–quatroanosdepois–eu
já tinha uma carteira commuitas
usinasdeaçúcarparaprestar servi-
ço.Vi-me incompetente, compouco
conhecimentoepedi ajuda.EmSão
Paulo identifiqueidoisexecutivosde
corretoras de seguros multinacio-
nais que tinhamum conhecimento
técnico bastante apropriado e os
convenci a iremmorar no interior.
Expliquei para eles o meu sonho
e foi aí o centro de energia que eu
pude transferir conhecimento para
aquele pessoal que estava comigo.
Durante nove anos criei, pratica-
mente, uma universidade dentro
da empresa.
GRACIOSO
– Isso se chamaOrien-
tação para o Mercado, é do mer-
cado que vem a inspiração para a
inovação.
NAJJAR
–Para terminaressa roda-
da, Jairo,oque fazaempresacrescer
no seu setor?
JAIRO
–Um dos pontos é o sonho
e apersistência emmanter esse so-
nho vivo. Há 17 anos começamos a
trabalhar com tecnologia de ponta.
Hoje se fala muito emmobilidade.
Em 1992 implantamos o primeiro
sistema de automação de força de
bombas com Palm Top no Brasil,
naColgatePalmolive, que foi nossa
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