Foco na
Geração Z
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R E V I S T A D A E S PM–
M A R Ç O
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A B R I L
D E
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São jovensque têm todo tipodeapa-
relhoeletrônicodentrododomicílio,
e os de classemédia alta fazem do
quarto uma central multimídia.
Separaos jovensamericanosocarro
é objeto de desejo, para os jovens
brasileiros, o celular é o centro das
atenções.Os27milhõesdeamerica-
nos acimade16anos preferemcar-
ros pequenos, com todo o tipo de
conforto, de alta qualidade e preço
justo. Querem carros divertidos de
dirigir em qualquer tipo de estrada
(MORTON, 2000). Quanto aos ce-
lulares a questão é de estilo. Ino-
vações de
design
e a aquisição de
novos modelos com mais funcio-
nalidades são o principal motivo
paraa trocadeaparelhos.Os paco-
tesde serviçosdevemanteciparque
os adolescentes estão divididos em
dois grandes grupos: aqueles com
poder aquisitivo e de decisão e
aqueles cujos pais decidem a com-
pra. Para ambos, funcionalidades
ligadas à socialização e à perso-
nalizaçãosão fundamentais, salasde
bate-papo,
blogs
e personalização
de campainhas são coisas impor-
tantes (ROGAR, 2003).
Diante desses números, fica claro
que há categorias de produtosmais
competitivos, taiscomo refrigerantes
e cosméticos,mas tambémhá cate-
gorias de produtos e serviços que
aindanãoofereceramprodutosdes-
tinadosaestepúblico, taiscomoves-
tuário, roupas íntimas e cartões de
crédito.
Se por um lado falta oferta em um
setor, sobra oferta de produtos ilíci-
tos comomaconha, cocaína,
crack
e sintéticos derivados do LSD.Tam-
bémémaciçaaexposiçãodo jovem
a bebidas alcoólicas. Os estudos
americanos doNational Institute of
Drug Abuse
, conduzidos pela Uni-
versidadedeMichigan, indicamque
ousodemaconhacaiuao longodos
anos. O LSD teve a quedamais sig-
nificativa entre as drogas, porém, a
dimensãodousodecocaínae
crack
ainda não foi tão marcante. Jovens
entre 8 e 18 anos, segundo os pes-
quisadores,parecemestarmaiscons-
cientesdosmalefíciosdasdrogas, eo
papeldogrupocomo inibidordouso
aumentou. Apesar da queda no uso
deálcool,queestánousomaisbaixo
desde 1991, a preocupação da so-
ciedade sobreaexposiçãodo jovem
àmídiacontinua (
HIGHSchool and
YouthTrends, 2002
).
Se para os jovens americanos o carro é objeto de desejo, para os jovens brasileiros, o celular é o centro das atenções.
Segundo os pesquisadores, parecem estarmais conscientes dos
malefícios das drogas, e o papel do grupo como inibidor do uso aumentou.
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