Marco_2005 - page 78

Banco de
Marca
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R E V I S T A D A E S PM –
M A R Ç O
/
A B R I L
D E
2 0 0 5
com sólidosmercados, sem endivi-
damento, que utilizarão o conceito
de banco de marca para projetar
suas marcas, entrar no mercado fi-
nanceiro, garantir ummelhor aten-
dimento financeiro a seus funcio-
nários eatrair seus clientes paraum
relacionamento mais próximo,
incluindo a oferta de serviços
financeiros, mesmo que terceiriza-
dos. Embora empresas com este
perfil não sejam encontradas em
cada esquina, há um número
suficiente delas para tornar uma
iniciativa de banco de marca um
grande sucesso para aquelas insti-
tuições que assumam a iniciativa
do processo.
BANCODE
MARCAESTATAL?
Entreosbancosestatais, atépor força
de sua estrutura e de suas relações
comos lotéricos, aCaixaEconômica
Federal tem uma atuação com
correspondentesbancáriosmaisclara
e definida. Essa posição, no entanto,
está sob ataque. Recentemente, o
Unibanco firmoucomos lotéricosdo
Rio de Janeiro um contrato de
parceria que foi imediatamente
questionado pela CEF na Justiça. O
processo está em fase de julgamento
e pode revelar surpresas, caso a
Justiçadecidaqueos lotéricos, assim
como toda empresa, são livres para
definir as parcerias que considerem
mais rentáveis para seus negócios.
No entanto, muitas empresas estatais
(ouex-estatais), estãoentreasmaiores
empregadoras do país. Revelando
visão de futuro apurada, o Bradesco
formalizou uma parceria exatamente
com a maior delas, os Correios, que
empregam 98.000 pessoas. OBanco
Postal,noentanto,nãooperacionaliza
a folha de pagamento dos Correios,
mas esse é um passo que pode vir a
ser dado em breve.
CONCLUSÃO
Incapacidade de diferenciação, pro-
dutossimilaresecomoditizados,nível
de atendimento idêntico, concen-
tração da receita em intermediação
financeira, a realidade do mercado
bancário brasileiro torna esse seg-
mento terra fértil parao fenômenode
terceirização de marca que, já é co-
mum em indústrias como a da
alimentação e moda. Os bancos de
marca vão surgir. Para alguns peque-
nos emédios bancos, essaalternativa
de negócio pode significar a garantia
de sobrevivência. Para os grandes
bancos que ignorarem o fenômeno,
pode significar o começo do fim.
Entreosbancosestatais, atépor
forçadesuaestruturaedesuas
relaçõescomos lotéricos, aCaixa
EconômicaFederal temuma
atuação com correspondentes
bancáriosmaisclaraedefinida.
AUTOR
ARMANDOLEVY
Tem pós-graduação em Gestão de
Comunicação pela USP,
especialização em Gestão de
Informática pela FGV e MBA em E-
Management também pela FGV. Atuou
como Gerente de Comunicação e
Internet de empresas como Credicard,
Vésper e Banco 1. Hoje dirige a E-
Press Comunicações.
ES
PM
1. Matias, Alberto Borges. Insucesso de
Grandes Bancos Privados Brasileiros de
Varejo. Manole: São Paulo: 2002.
2. Relatório Febraban 2002.
3. Porter, Michel. Estratégia Competitiva. São
Paulo: Campus: 1986.
4. Revista Exame, junho de 2002.
1...,68,69,70,71,72,73,74,75,76,77 79,80,81,82,83,84,85,86,87,88,...115
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