RevistadaESPM
|setembro/outubrode2012
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entrevista|robertolima
pessoas trabalham na organização
para atingir umobjetivomaior: fazer
a empresa crescer, para que todos
cresçam com ela. A fórmula éman-
ter a satisfação dos colaboradores e
clientesparacimaeasdespesaspara
baixo.Quandovocê fazascoisascom
qualidade,oscustoscomeçamacair.
Gracioso
–
As empresas que você já
dirigiu eram abertas à inovação? Era
possível estimular novas ideias entre as
equipes?
Roberto
– No caso da Credicard, o
primeiro grupo que presidi, tínha-
mos um bom nível de inovação de
produtoseserviços,masuma limita-
çãonacapacidadede inovar em fun-
ção da regulamentação do setor fi-
nanceiro, queégrande. Tambémera
preciso trabalhar dentro das regras
dos próprios acionistas – Unibanco,
Itaú eCitibank. Então, não investía-
mos emnada que pudesse ultrapas-
sar a operação de cartão de crédito.
Mas, dentro da operação, passamos
a oferecer crédito através do cartão
para aquelas pessoas que só con-
seguiam crédito na Casas Bahia.
Passamos a atender ao público com
renda mensal de R$ 300 a R$ 500
e nunca tivemos uma carteira com
índice de inadimplência tão baixa
quantoessa.Chegamosavender800
milcartõesparaessesegmento.Essa
foi uma inovação trazida pelos fun-
cionários. Isso porque as portas da
empresa estavam abertas para que
as pessoas pudessem trazer as suas
ideias. Vou contar o fim da história
sobreoquesignificaenvolverpesso-
asnumprocessode inovação, juntar
um pouco as histórias daCredicard
e da Vivo, paramostrar como esse
estilo de gestão tem coerência. No
“Afórmulaémanterasatisfaçãodos
colaboradoreseclientesparacimaeasdespesas
parabaixo.Quandovocêfazascoisas
comqualidade,oscustoscomeçamacair”
Em2003,quandoRobertoLimaestavanapresidênciadaCredicard,aempresalançou
acampanha”Omelhordavida”, comoobjetivoderejuveneceramarca