Setembro_2003 - page 107

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S E T E M B R O
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O U T U B R O
D E
2 0 0 3 – R E V I S T A D A E S PM
Oceanic
Em2002, sóo setor decosméticos
registrouum faturamentodeR$9,6
bilhões
1
, que garantiu ao Brasil o
quinto lugar entreosconsumidores
de cosméticos do planeta. O cres-
cimentodo setor foi de7,4% sobre
2001. Comparado com o cresci-
mento negativo de 1,5% da indús-
triaemgeral, registradonomesmo
período, o setor se revelacomode
especial atratividadeparanovos in-
vestimentosenegócios.
Um ramo tãoatraentenãopoderia
deixar de apresentar grandes desa-
fios aos participantes. É preciso se
conformar auma rígida legislação,
com definição exata do negócio
que sevaimontar. E, como seriade
esperar, a concorrência édasmais
acirradas, com muitas empresas,
grandes e pequenas, nacionais e
multincionais, disputando a prefe-
rênciadosconsumidores.
É crucial analisar todas as “forças”
que atuam no setor – clientes,
concorrentes atuais e entrantes,
substitutos, fornecedoresegoverno
–eprocurarvantagenscompetitivas
inovadoras, se sequiser ter sucesso
nadisputa.
É indispensável umadecisãocuida-
dosa sobre o segmento a conquis-
tar, sobreo tipodenegócioque se
pretende montar, bem como uma
avaliaçãodas tendênciasmundiais
da moda e das tecnologias que
substituem produtos existentes
(como aparelhos de depilação,
Botox,medicamentosecirurgiases-
téticas).Umbomprodutonãobas-
ta. É preciso que a marca esteja
posicionada corretamente para o
segmento visado, seja bem
divulgada e, se a estratégia for de
segmentação geográfica, atenda às
necessidadesdosconsumidorespo-
tenciaisdeuma regiãoespecífica.
Embalagem e inovação constante
são pontos muito importantes no
setor de cosméticos, que é regido
por tendênciasmuitoacentuadase
pelamoda, fazendodamudançaa
única constante. Consumidores e
consumidoras estão sempre bus-
cando novidades, o que os torna
vulneráveis amarcas concorrentes
e a novos tipos de produto. Não
obstante, o setor possibilita pouco
espaçoparacompetiçãoporpreço,
principalmente para as pequenas
empresas, oque faz comque adi-
ferenciação do produto pese bas-
tantenahoradacompra.
Oconsumidorbrasileirodecosmé-
ticos busca um relacionamento
com a personalidade da marca e
com a pessoa do vendedor ou
vendedora, oque ajuda a explicar
o sucesso da venda direta e, tam-
bém, o posicionamento adotado
por grandes marcas, como Avon,
com seu
slogan
“Agenteconversa,
a gente se entende”. Não é por
acaso que empresas comoNatura
eAvon trabalhampara transformar
suas vendedoras em verdadeiras
consultoras de beleza. A consumi-
dora confia na vendedora. A infor-
mação sobre o produto é muitas
vezes fator crítico na venda, devi-
doàsgrandesmudançasnas linhas
do produto. No varejo tradicional
nãoédiferente.Muitasconsumido-
rasentramna loja sembem sabero
que desejam e com pouco ou ne-
nhum conhecimento sobre as ca-
racterísticas dos produtos. Cabe à
vendedoraorientá-lasparagarantir
o sucessodavenda.
A indústriadabelezaéumdos
setoresquemaiscrescemno
Brasil. Em2002, sóosetor de
cosméticos registrouum
faturamentodeR$9,6bilhões.
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