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Revista da ESPM – Março/Abril de 2002
do eu sabia que era apenas o exe-
cutor de uma orientação editorial
implacável e que recebia de um ci-
dadão chamado Roberto Marinho e
que, esse sim, era o todo poderoso.
Eu nunca me iludi com o suposto
poder. Tanto que, quando saí da TV
Globo, houve quem me aconselhas-
se a fazer uma terapia porque acha-
va que eu estava diante de um gran-
de sentimento de perda. E o meu
sentimento não era de perda. Tudo
aquilo que eu passei, em25 anos, para
mim, foi ganho de vida, foi ganho de
experiência. Não perdi nada. Pelo
contrário, continuei a me enriquecer.
Só que voltei para a minha fonte que
é o esporte, de onde eu retiro o meu
ganha-pão e as minhas alegrias. As
minhas alegrias estão exatamente
localizadas na grande área com o
Romário; estão localizadas na
cortada da Raquel no vôlei; numa
cesta do Oscar. Essa é a minha
felicidade – ficar escrevendo sobre
esporte.
JR – Você, assim, continua sendo
uma referência nacional.
“Não perdi nada.
Voltei para a
minha fonte que é
minha fon
o esporte, de onde
eu retiro o meu
eu
ganha-pão e as
minhas alegrias.”