Revista da ESPM – Janeiro/Fevereiro de 2003
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sindicatos; tinha a Lei 4.680 e uma
personalidade de atividade reconhe-
cida, decarreira, deescolas, respeito
e remuneração. O que têm as pes-
quisas?É terradeninguém.Não falo
do resultado do nosso trabalho; mas
da atividade. Ela não é reconhecida.
Qualquerescritoriozinhodeconsulto-
ria, auditoria, faz pesquisa com a
maior desfaçatez. Alguns com
qualidade e outros sem nenhuma,
concorrendo conosco da maneira
mais incrível.Outro grande concor-
rente são as fundações – das uni-
versidades federais, estaduais e
municipais. Não pagam impostos,
remunerammal os pesquisadores –
que, geralmente, são alunos – usam
o bem público e concorrem conosco
damaneiramais perversa– venden-
do para empresa privada. O maior
estudo sobre bancos, feito noBrasil,
é feitonaUSP, pelaFEA.
PS –
E um dos mais criticados tam-
bém.Justamenteporquefalta inteligên-
cia.Éumacumuladodedadosbrutos.
FT –
Mas recebem um volume de
dinheiro que poucos Institutos de
Pesquisa,noBrasil, faturamporano.
A remuneraçãoéummercadopersa.
Hoje, em São Paulo, um entrevis-
tador recebeR$60por dia,maisR$
10deajudadecusto.Agora, noNor-
deste, deixamos de trabalhar com
algumasempresasporqueestavam
pagando R$ 15 por dia e queriam
noscobrar osR$60.Oqueprecisa-
mos, hoje, é de nos organizar por
cima, criar respeito. Vejam esse re-
corteda
FolhadeS. Paulo
, de1/11/
1998 – "Governo paga R$ 4,1 mi-
lhões a assessor de campanha de
1994". O Paulo Secches, o Jaime
Troiano provavelmente não
souberamdessaconcorrência.Esse
Sr.AntonioLavareda recebeuR$4,1
milhõesdapresidênciada república
de uma concorrência que ninguém
teve conhecimento; não foi publica-
do. E continuou ganhando depois.
JR
–Concorrênciaparaque tipode
trabalho?
FT –
Pesquisa, exclusivamente. E
continuou, nessesegundomandato,
na campanha presidencial. E tem
mais. "Antonio Lavareda envolvido
diretamente com crimes econômi-
cos." Ninguém mexeu mais nisso.
Isso saiu emRecife e há páginas e
“Nós vivemos
uma febrede
fusãode
sistemas de
informação.”