Setembro_2001 - page 61

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RevistadaESPM–Setembro/Outubrode 2001
social, porque issodemonstra
apossibilidadededesenvolver
o espírito empreendedor e a
usar imaginaçãoecriatividade.
Issodesenvolvea liderança, a
capacidade de empatia e de
encontrar soluções novas – e
pesa fortemente nas nossas
contratações – o trabalho vo-
luntário. Como também pesa
aspessoasquecuidamdocor-
po, que desenvolvem ativida-
des físicas. Assim, comopesa
tambémodomíniode idiomas.
E a capacidade da pessoa
aprender aaprender, por con-
taprópria–oqueatédesobri-
gaauniversidade comoúnica
provedora. Não podemos ba-
sear-nos nas expectativas do
passado,congeladosna
expectativade terauni-
versidade como a anti-
gaprovedora.Achoque
a universidade pode
prover várias coisas,
mas o mais importante
delaprover éaquiloque
oGraciosodisse, osva-
loresqueelecolocanas
aulas,mas tambémavi-
são. A visão é superior,
porquepelavisãoagen-
te consegue identificar
valores novos. Precisa-
mos de valores novos
paraolharessemundoe
transformá-lo para que
seja diferente.
FG
– Luiz, você deixou
claro o que espera do
produto final dauniversi-
dade. Não está, entre as coi-
sas que você citou, um ponto
que, para nós domundo aca-
dêmico, parece muito impor-
tante, queéaproduçãodeco-
nhecimento. Na verdade, se
vocêperguntar aqualquer rei-
tor de universidade pública
principalmente,comoéqueele
justifica o elevado custo por
aluno–atéR$100mil por alu-
noaoano, eledirá: “Bom, nós
aquinão formamosapenases-
tudantes, nós produzimos co-
nhecimentos.Tantosdoutores,
tantos mestres, tantas teses
publicadas”. Mas você, em
momento algum, sugeriu que
espera, das universidades,
novosconhecimentos.AEsco-
la, sob esse aspecto, reage
mais do que age. Ela deve
manter-se ligada ao mundo
real,aomundodasprofissões,
paraperceberascoisasnovas,
tendências, novas necessida-
des.E,muitomaisdoquepro-
duzir conhecimentos novos,
conceituar, colocar em pers-
pectiva aquilo que vem do
campo, domundo real e – se
não fosse tratado pela univer-
sidade – acabaria se perden-
do. Por exemplo, lembro de
doiscasosconcretos.Amatriz
BCGeoPIMSque foram fruto
de professores da Harvard e
doGrupo deBoston demodo
geral. AmatrizBCG e oPIMS
não foram totalmente criados
pelauniversidade,masdesen-
volvidos, pouco a pouco, por
consultores,empresas;mas foi
um grupo de professores que
pegou tudo aquilo, enfeixou e
transformou num instrumento
que, duranteanos, temajuda-
doas empresas domundo in-
“Nisso Freside
anossa falha
principal:
aindanão
temos essa
capacidadede
inovaçãoo
suficiente.”
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