RevistadaESPM– Janeiro/Fevereirode 2003
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Aexperiênciadeentrevistar
CarlosAugustoMontenegroéa
de lidar com uma dupla
celebridade.
Uma é a do entrevistado,
que – além de ter ficado
conhecidoem todooBrasil pelo
público esportivo, como o
apaixonado dirigente do
Botafogo do Rio – também se
torna uma das presençasmais
requisitadas pelos veículos de
comunicação em tempos de
eleição.Nãoháquemnãoqueira
conhecer as previsões de
Montenegro para os resultados
eleitorais – a começar pelos
candidatos em todos os níveis,
os ministros e o próprio
presidente da República em
exercício. “Infelizmente – ou
felizmente – isso acaba”,
confidenciou-meC.A.M., “nodia
seguinteaodaseleições, agora
que os resultados saem quase
instantaneamente”.Aliás, foipor
essa razão que marcamos a
entrevista para a
Revista da
ESPM
paraumasemanadepois
daseleições.
A outra celebridade é do
próprio IBOPE. O Instituto
Brasileiro deOpinião Pública e
Assim, aesco-
lha de Montenegro
como entrevistado
dessa edição de
nossa revista cujo
tema principal é a
pesquisademerca-
do,constitui-se tam-
bém numa dupla
homenagem: ao
profissional que
presidiu à transfor-
mação de um
negócio familiar (em
1950, o IBOPE
passoudosPentea-
dos aos Monte-
negros) em grande
empresa multina-
cional eà instituição
que se transformou
em sinônimo da própria
atividadedepesquisaeéomais
importante grupo brasileiro do
setor,hoje incluindo-seentreos
mais importantes de todo o
mundo.
Entrevista com
Carlos AugustoMontenegro
Estatística–como foi batizado
pelo seu fundador, o radialista
emeuprimo,emsegundograu,
AuricélioPenteado,em1942–
ficou não só universalmente
conhecidopelasigla, comose
transformou em sinônimo de
pesquisa, entrando para os
dicionários da língua como
outras marcas tornadas
substantivos comuns, como
gilete, aspirinaoumaizena...
J.RobertoWhitakerPenteado